Luis Nelson
Os tempos mudaram. Já vinham mudando de forma cada vez mais radical desde os anos sessenta, mas ultimamente, ser atropelado pelos surpreendentes eventos do terceiro milênio virou rotina tanto para o bem como para o mal.
Descartemos o mal, o terrível, o inferno das cruzadas em sentido inverso, terceira guerra mundial que une o mundo saído das trevas da credulidade assassina da inquisição para a Luz, para a Cultura e Ciência, contra o retrocesso para as cavernas, “terra prometida” dos esquizofrênicos doidos varridos que ficam naquela ridícula posição de bunda para o ar tomando a liberdade de oferecer o resto da humanidade e eles próprios em holocausto a divindades inventadas por ridículos visionários.
Falemos então, exatamente em choque frontal com os clubes do bolinha que escreveram conceitos filosóficos em proveito próprio depois elevados ao status de “religiões”, do espaço que as mulheres vêm paulatinamente ocupando por mérito próprio, esforço admirável demonstrado em todos os níveis escolares, na Universidade, em todos os ramos da ciência, etc., até chegarmos à comédia da vida privada na qual nós tentamos desesperadamente salvar os resquícios da carga machista paradoxalmente recebida de nossas mães e demais mulheres que nos criaram!
Nesses resquícios estão contidos desde a resistência (cada vez menor) de tomar parte ativa nas prendas domésticas dividindo o trabalho com a cara metade que ajuda a ganhar o vil mas necessário metal com que se compram os melões, até continuar acreditando que a facadazinha no matrimônio é um pressuposto de quem nasce com penduricalhos, sendo até pouco “viril” conceder que não trai não senhor! Mas não adianta… dizer que “nunca risquei o fósforo fora da caixa”, porque a dúvida sempre vai persistir! Eu vou até mais longe: Ninguém deste mundo será insano(a) o suficiente para colocar a mão no fogo em suporte de tal afirmação, muito menos sua esposa que pode até ser crédula, pero no mucho!...
Se você fizer tal afirmação no clube ou no bar à segunda rodada de drinks, ela detonará imensa e geral gargalhada pela boa piada! Os cavalheiros presentes que eventualmente não hajam realmente traído sua dedicada e fiel companheira, se engasgarão pelo riso dobrado e em meio ao seu riso, de forma mais ou menos aberta, “deixarão saber” que freqüentam alcovas alheias com máscula regularidade!
"Nelson Castro, ou Luis C. Nelson, ou simplesmente Nelsinho, nasceu na "invicta e mui nobre" cidade do Porto, Portugal, nos idos de 1944. Seu pai era um daqueles fotógrafos-artistas d'estudio, que retocava pacientemente os negativos e coloria manualmente suas incríveis ampliações, delas fazendo verdadeiras obras de arte, geralmente muito mal pagas. De seu pai, recebeu não só o gosto pela fotografia e paixão pela literatura e musica, mas também "cabeça" e habilidade para as coisas técnicas. E foram essas habilidades que o levaram a trilhar os caminhos da formação nas áreas técnicas, o que lhe valeu a oportunidadede haver sido aluno do Poeta Pedro Homem de Melo, que na Escola Industrial lecionava língua portuguesa. Sua trajetória profissional incluiu estaleiros navais em Angola e no Brasil, mas gastou a maior parte dasua vida nas lides da exploração de Petróleo ou a ela ligado ao redor do planeta, motivo pelo qual gosta de dizer-se simplesmente 'Oilman'. A poesia é sua mais cara atividade no universo das letras, no qual aliás não possui qualquer crédito acadêmico, dedicando-se também a contos e crônicas da vida real."
É uma honra, Cissa, ver um texto meu no seu Blog!
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